Resquício das cinzas

Gélida estremeço,

as cores, os vultos,

nada importa

Solidão habita em mim

nela me declaro e derramo

poucas lágrimas que restam

Sozinha, sempre sozinha

Incapaz de viver uma história feliz

Não sou quem sou

Em um buraco me instalei

e viverei, ocultando-me de fracassos

Talvez inglórias

A irrelevância de como estou

Torna-se a relevância do que sou

Gélida, fraca e sozinha

Clusius
Enviado por Clusius em 06/04/2011
Código do texto: T2893731
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