Resquício das cinzas
Gélida estremeço,
as cores, os vultos,
nada importa
Solidão habita em mim
nela me declaro e derramo
poucas lágrimas que restam
Sozinha, sempre sozinha
Incapaz de viver uma história feliz
Não sou quem sou
Em um buraco me instalei
e viverei, ocultando-me de fracassos
Talvez inglórias
A irrelevância de como estou
Torna-se a relevância do que sou
Gélida, fraca e sozinha