Chove

Chove,

Vejo a água desenhando teu rosto

Na janela do destino

Sinto o voraz vento

Me distanciando de você

Chove,

Agora o frio me traz o vazio

Das noites ausentes de sentido

Aos poucos me torno insensível

Pois a dor já anestesiou

Meu peito sem amor

Chove,

O sol nunca voltou

A ilumina os olhos

E eu desisti de ver

Meu final sozinho

Ainda chove,

E o coração sem ganas

Entrega-se a morrer

Como a terminar a vida

Sem poder voltar

A amar

Fabio Zagonel
Enviado por Fabio Zagonel em 04/04/2011
Reeditado em 04/04/2011
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