Chove
Chove,
Vejo a água desenhando teu rosto
Na janela do destino
Sinto o voraz vento
Me distanciando de você
Chove,
Agora o frio me traz o vazio
Das noites ausentes de sentido
Aos poucos me torno insensível
Pois a dor já anestesiou
Meu peito sem amor
Chove,
O sol nunca voltou
A ilumina os olhos
E eu desisti de ver
Meu final sozinho
Ainda chove,
E o coração sem ganas
Entrega-se a morrer
Como a terminar a vida
Sem poder voltar
A amar