Alma
Sou uma alma que procura a luz
Nestes labirintos mortais
A fé se extingui a cada passo
Nos tormentos sólidos
Que formam muralhas diante dos meus olhos
Onde gritos distantes não representam nada
Onde as últimas almas integras caem
A loucura da normalidade
Obsoletam o desejo de luz
Tão pesados são os seus fardos
Tanto sangram seus lamentos
Tanto insistem em acreditar
Almas que choram nestes corredores
Almas que tateiam a procura de fendas
Que buscam um ar puro
Um novo fôlego para seus pulmões mortos
Um fio de lucidez
São almas mortas
São almas que não enxergam que tais muralhas
Jamais existiram