A PRAÇA

A praça estava vazia

A alma tinha dado cria

Estava seca

O céu, a esperar sua vez

Estava pesado,

Trazendo o cheiro forte-

Acre

Da terra, irmã fértil

A encher a barriga da

Alma

De gravidez,

Gravidez de morte, de arte

De gente

A suprir os espaços nos

Bancos da praça,

Nos murais da mente sã.

A praça estava cheia

A alma, tendo dado cria,

Estava vazia

Gente vazia, grávida de inanição.

INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI
Enviado por INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI em 01/04/2011
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