A PRAÇA
A praça estava vazia
A alma tinha dado cria
Estava seca
O céu, a esperar sua vez
Estava pesado,
Trazendo o cheiro forte-
Acre
Da terra, irmã fértil
A encher a barriga da
Alma
De gravidez,
Gravidez de morte, de arte
De gente
A suprir os espaços nos
Bancos da praça,
Nos murais da mente sã.
A praça estava cheia
A alma, tendo dado cria,
Estava vazia
Gente vazia, grávida de inanição.