Entre o frio da morte e calor de seus braços.
E rezo sob o pesar das flores mortas,
Minha voz embarga e sinto-me sufocar.
A certeza de minha morte é real, meu amor.
Não zele por mim na alcova dos desavisados.
Suas vestes puras cobrem meu corpo suado.
O seu calor em contraste com o frio do meu coração.
Seu doce olhar fitando os meus que turvam,
Diante da inesperada ‘Ceifa de Almas’, A Morte.
Quero mais alguns segundos eternos ao seu lado,
Dizer-lhe o que em uma vida inteira não pude,
Beijar mais uma única vez seus lábios rosados.
E fitar indefinidamente sua face até o último suspiro.
Irradia de seu peito uma luz a me encobrir por inteiro.
Cego diante da impossibilidade de lhe ver novamente,
Faço a prece dos aflitos e lhe abraço com esforço.
E, no badalar dos sons do tempo, meu adormecer eterno.
Laskowisi, Alecxander Christian