LÁGRIMAS DE UM POETA
Lágrimas que rolam
Caindo lentamente,
Uma puxando a outra
Para não se sentirem sozinhas,
A primeira é a mais demorada
Mas é ela quem abre caminho,
O caminho estando feito
Quanto mais sai mais quer sair,
Vão se espalhando pela mesa
Ou então pelo chão,
Talvez pela cama
Ou ainda em um lugar reservado,
Para cada lágrima um motivo
Que a desperta e a convida para sair,
Para cada motivo uma lança
Enterrada no peito,
A dor necessária para uma lágrima
Não precisa ser grande, apenas suficiente,
Para comover um coração
Que ainda está vivo,
Quanto tempo ainda resta não sei
Mas sei que um dia elas cessaram,
Talvez por secar a fonte
Ou apenas por ser compreendido!