Despedida

Na terra sem asfalto crianças brincam.

As pipas inundavam o céu carmesim

E as mães de seus quintais berravam.

Os filhos na sujeira, as mães estericas

Ouviam o som das ondas no mar.

Longe o assobio do navio de pinturas esotéricas.

O navio atracado, homens a bordo,

As moças de lenços de lagrimas de despedida

Beijam suas mãos e uma rosa oferecida.

Da borda do navio eles acenavam

Para aquelas que um dia serão suas esposas

O assobio do navio é acionado, choram as damas saudosas.

Eis a despedida, enquanto os pequenos rodopiam,

As mães lavadeiras esfregando roupas.

E as moças choronas se despediam.

Rodrigo Arcadia
Enviado por Rodrigo Arcadia em 27/03/2011
Código do texto: T2873566
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