Ausência insuportável

Jamais saberei quanto tempo ainda resta

até que eu me livre de vez desse sofrimento,

e dessa tristeza que o abandono a mim empresta,

sem que eu tivesse dado qualquer consentimento,

como acontece no final de cada festa

quando a presença não exige envolvimento

e cada espaço é preenchido pelo vazio

e a agonia de não saber o que esperar...

do que não sei, o que mais sei já não importa.

Os privilégios são de outro que desconheço.

E o tanto ou pouco daquilo que ainda mereço,

é justamente o que não posso mais suportar...

ADAMO SIDONIUS
Enviado por ADAMO SIDONIUS em 23/03/2011
Reeditado em 24/01/2019
Código do texto: T2867060
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