Eu | Função Sintática | Mesma
Me olho noespelho
Me "espranto" da imagem que parece ser tanto
Lacrimejadescorrente
De uma vontade súbita de tocar.
Impossibilitada pela barreira luminosa
contínua e subjacente
No reflexo de menina-mulher chorosa
Que vive dengano e daprosa
Nessa imagem pseudo-espelhosa
de dó-ré-mi
e salgado mar.
M'engano de costas
Com minhas almas dispostas
(escondidas nolhar)
Que engano... (me despisto)
Através da penumbra penosa
(e insisto)
Neste e(x)terno maquiar.
I N E R T E na frente do |espelho|
Saudosamente ajoelho
Para contemplar o eu-mesma-de-mim
Afogo entre mágoas e pequenos bens (resquícios)
Do outro lado... enfim.
Ali, na moldura da parede, sigo
Numa fotografia resplandecente
Longe de qualquer caos aparente
Que por querer me desbotar...
De baixo sinto-me estática
Como uma metamorfose sintática
A se desaparecesperar!
Me congelo,
Me ergo mais alto,
continuo abaixo de mim.
Me enalteço
Me apreço.
Me recomeço.
Ainda assim, não me reconheço
Então, fim.