O Pouco Que Resta de Mim

    Metade  de  mim não  existe desde a tua partida,
    O que  restou  se  arrasta  em devaneios  perdida.
    Os sonhos  você  os  levou restaram só pesadelos.
   A metade  que sobrou  sente  a  dor  e o desespero.

   A ínfima parte de mim hoje fadada  ao descaso.
   Vegeta calada  no tempo, no  escuro da solidão.
   Aos  tropeços sobrevive  experimenta desilusão.
   Pranteia  por  tua metade, anseia  ser  unidade.

   O pouco que  resta de  mim,  pede  a tua metade.
   Aniquilado te busca sem saber por  onde  andas.
   O frágil sopro da vida sente ventos da saudade.
   Os olhos hoje sem brilho vivem fora dos trilhos.

   O vazio do que me sobra não sente a vida vibrar,
   O silencio da  madrugada torna as noites longas.
   Escute o frágil sussurro, o pouco que resta de mim
   Devolva a minha metade quero na dor por um fim.
                                                                (Ana Stoppa)

Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 21/03/2011
Reeditado em 21/03/2011
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