Fênix

Sem piedade, sem perdão

Eu sobrevôo suas cabeças

Com meu fogo profanador

Eu destruo sua inocência

Chama negra, que brilha sem calor

Mente compulsiva, vibra como louca

Enxofre, que envenena sem odor

Sangue peçonhento, que pinga de minha boca

E por um momento eu pensei em me queimar

Mas se isso acontecer, eu sei que vou voltar...

E a chama corrompe todos a quem toca

Almas são coletadas para a coleção sádica

E a névoa doentia emana da maldita tocha

A névoa de sonhos quebrados e dor estática

E eu me corto por prazer,

meu sangue escorre em diversão.

O álcool se torna um lazer

A dor caleja o coração.

E por um momento eu pensei em me queimar

Mas se isso acontecer, eu sei que vou voltar!

Preso num pesadelo eterno

O sinal macabro dos céus

Mau presságio do inferno

Paga pelos crimes que cometeu

Me ajoelho e me chibato

O ardor que me causa excitação

O suor se mistura com a sujeira

Que queima meu corpo então

E sigo pelo caminho sem volta

De pecados, vícios, maldade

Se tento me segurar, você vem e solta

Abro os olhos para a realidade

E por um momento, pensei em desistir...

Seria muito mais fácil voltar a sorrir!

E por um momento eu pensei em me queimar

Mas se isso acontecer, eu sei que vou voltar!

Maldição...

A luz entra fraca pela janela

Dias cinzas não me alimentam mais

Preciso de almas daquela citadela

A citadela de onde vieram meus pais

Lá há inocência e felicidade

Ambos os quais cedo perdi

E com violência e brutalidade

Pureza vem dos crimes que cometi

Os purifico com essas chamas ardentes

Óh, vejam meu explendor maldito!

Ajoelhem-se perante o mestre

De ti me alimento e depois vomito.

E por um momento, as chamas foram claras

E por um momento, o mundo viu a luz

E por um momento, o pássaro entrou em chamas

Chuva de cinzas que jamais se reproduz

E do topo do mais alto pico

As cinzas se unem na precipitação

E uma mancha escura no céu anuncia:

Eu estou me levantando então!

E por uns minutos, queimei tudo que tinha

E por um momento, desisti do branco e luz

E as chamas purificaram a bondade mesquinha

E trouxeram de volta o que não se traduz

E por um momento eu pensei em me queimar

Mas se isso acontecer, eu sei que vou voltar!

Eu me queimei!

Maldição da Fênix

Preso na realidade

Sem saída...

(Eles podem te ouvir)

Todos eles podem, eu ouço em minha cabeça.

(Queime todos, vingue-se)

Ó, mundo infeliz, caia sobre desgraça.

(Ajoelhem-se para o fogo eterno...)

Eu faço chover fogo sobre os infiéis!

E eles continuam ordenando, e eu continuo queimando!

Agora eu decidi meu caminho

(É tarde demais para dar as costas)

Hesitar vai me matar

Chamas negras voltam sobre o corpo da fênix!

E um circuito de praga sobre o mundo...

(Dor)

Doença, tristeza...

(dor)

... desgraça, preguiça...

(dor, DOR!)

A praga cai como uma chuva de agulhas

Fiéis e infiéis no fio da espada

A dança desesperada dentro das chamas

A guerra, a psicose, a fênix intocada

Oh, e são dignos de pena!

(queime-os todos!)

Oh, arrependam-se de seus erros!

(Desista dos olhos verdes!!!)

Gritem, desesperem-se!

(Faça-os pagar por machucar os inocentes!)

Deslumbrem o imortal...

e de joelhos... DE JOELHOS!

(você é eterno...)

eterno... eterno...

eterno...

eterno...

eterno...

...

queima...

O destino de uma fênix...

eterno...

me liberte...

Isaque Lazaro
Enviado por Isaque Lazaro em 19/03/2011
Código do texto: T2857714
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