As pétalas do tempo

Cai sobre mim o peso das horas

Nefandas pétalas da flor do tempo

Bestiais ruínas do pensamento,

Rasga lentamente a bela aurora

Ignóbil fenecer dos bons momentos,

Jazigo temeroso e implacável

Qual guarda o incerto destino.

Trar-me-á um fim amável,

Ou zombará de mim enquanto mínguo?

Serei eu teu eterno escravo,

Oh! Tempo impuro e visceral

A mim tu dedicas o escárnio

De viver sob dor infernal.

Rio de Janeiro, 17 de março de 2011.

Well Calcagno
Enviado por Well Calcagno em 17/03/2011
Código do texto: T2853693
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