Foi-se o que nunca tive.
Foi-se o que nunca tive.
Restou o que sempre tive: dor.
Entre pedras caminhei, levando pedra pela cabeça.
Na alma, a esperança assassinada ainda grita, esperando por uma possível ressureição.
Meu mundo caiu no fosso fundo da maldade alheia.
Meu coração se perdeu na injúria da desigualdade.
E então, que foi-se o que nunca tive.
Partiu para longe a alegria que nunca possui.
Meu mundo caiu no fosso fundo da injustiça da desigualdade.
E eu nada vejo, além da maldade alheia de um mundo tão indiferente a dor de seus iguais.