Eu releio meus versos velhos
uma tentativa de encontrar
algo que me faça menos triste
que me desperte um sorriso
que me faça acreditar
que o amor ainda existe..
um consolo, um gole de aguardente
e a retrato de gente que inventei
pra bater papo e esquecer o presente,
passado e esta dor latente.
E as noticias dos jornais.
Tento reencontrar em outra esfera
Mágica e iluminada
A voz da serenata que neles
cantava meu amor só para mim.
E o arco iris que eu pintei
com o mesmo esmaltes das minhas
unhas felinas e fatais
E num desses versos sobreviver
aos meus temores infernais
preciso reinventar meus versos
Eles não me dão alento, nem descanso
Só me ferem com mais solidão
Estes versos mentirosos.
Cristhina Rangel.