TÃO ERMO, MEU CÉU


Na escuridão total, nada ouço e nada vejo,
maltrata esse silêncio, um sentimento cruel,
minha mente fantasia,sinto, tem o desejo,
de ouvir na noite,o relincho de um corcel.

Sinto me em fragelo,
sonhando com um castelo,
um quadro e um pincel...

Suspiros e lamentos, o que na noite despejo,
e no cérebro, está batendo a palavra infiel,
é a palavra mais triste do idioma, que elejo,
por esse motivo e escuro, e ermo meu céu.

Então na mente martelo,
o fato que não e belo,
veneno de cascavel...

Estou delirando? Parece o som de um realejo,
prefiro mudar, quero ouvir músicas do bordel,
mas não ouço nada, só o silêncio sertanejo,
que deixa preso, na masmorra de um quartel.

Acender uma vela?
Será mais saudade dela,
triste, recordar Isabel...

Lanço me na noite, entre estrelas, um andejo,
e meus caminhos, vou desenhando num papel...
Pensamentos vazios, hoje tenho em varejo,
que faz sentir me na escuridão, um triste réu.

Nos versos revelo,
na mente esse duelo,
estranho painel...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 13/03/2011
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