Depois não procure
Nos escombros do tempo
Pois não há dor que segure
A alma no corpo.
Há um torpe sentimento
De se sentir já morto
De amor
Que não há um que dure.

Depois somente esqueça
Qualquer coisa que torture
Lembrar não há o que mereça
Pois não existe dor que ature
Que mais que o corpo a alma padeça
Esqueça e não procure
No amor não há o que dure
Então não procure e esqueça.

Aquele mesmo ser
Que fui e não sei se sou
Morre assim aos poucos
Ou se perde entre os loucos
Nos poucos do que sobrou.
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 13/03/2011
Reeditado em 29/07/2021
Código do texto: T2844732
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