De repente

De repente

Da intensidade fizeste a ausência

E das faltas foste a mais sentida.

Da tristeza formaste a alegria

E dos sorrisos nos levaste às lágrimas.

De repente , tão só e de repente

Do branco geraste o luto

E um medo tão forte e absoluto, que consumiste, em tuas entranhas nossas vidas, nossas artes.

De mãos entrelaçadas fizeste o aceno, o adeus

E de beijos apaixonados, soluços intermináveis.

Não mais que de repente

Em segundos transformaste uma vida

E uma vida, condenaste ao abandono.

De repente, não mais que de repente.

JAlmeida
Enviado por JAlmeida em 12/03/2011
Código do texto: T2842702
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