Silêncio das almas
Vejo no espelho do amanhã
Uma multidão que caminha...
Gente em todas as direções,
Almas vazias... Nenhum grito,
Nada de toque, tudo se cala,
Nem mesmo o som de rock.
Corpos inertes, vida sem vida,
Andróides humanos, sem lágrimas
Conduzidos na desesperança,
O amor ausente, sem raízes,
A fonte de busca já não existe,
Deixou-se acabar o amor,
Ignorou-se a terra mãe,
Tudo se perdeu tudo se foi...
Nada de família, Irmão ignorando irmão,
Nem amigos, nem partilha,
Só o silêncio das almas...
Uma multidão caminha,
Marcha entre corpos gelados,
Sem vida, sem calor.
O fogo da existência se apagou
Seres apáticos, sem sonhos
Em que direção irá?
Mas levam consigo as tragédias
Que já não são surpresas,
Só a garantia... A fatídica certeza:
Do silêncio das almas...