Para todo o sempre
Que se calasse
Ávida de vazios
E nem mais falasse
A língua dos silêncios
Que se fartasse
Tão solenemente
De me roçar as faces
Com beijo que mente
Escassa de impasses
E que me matasse
Impiedosamente...
Para todo o sempre
Que enfim se fosse
Sedenta de desertos
Faminta de abismos
Sã de distâncias
E para onde fosse
Que não voltasse
Plena de inconstâncias
Que não me inspirasse
Essas emoções divididas
Esse amor sem medidas
Ciente de desesperos
Doente de coisas idas
Demente de lembranças
Saudosa de outras vidas
Nas perdidas esperanças
E que por fim me perdesse
E que enfim me esquecesse
Na coisa nunca antes dita
Que não florescesse
Naquele fatídico dia
Que não nascesse
E que morresse
Neste oportuno dia
Que me esquecesse
E eu nem merecesse
Essa vil poesia
Que se calasse
Ávida de vazios
E nem mais falasse
A língua dos silêncios
Que se fartasse
Tão solenemente
De me roçar as faces
Com beijo que mente
Escassa de impasses
E que me matasse
Impiedosamente...
Para todo o sempre
Que enfim se fosse
Sedenta de desertos
Faminta de abismos
Sã de distâncias
E para onde fosse
Que não voltasse
Plena de inconstâncias
Que não me inspirasse
Essas emoções divididas
Esse amor sem medidas
Ciente de desesperos
Doente de coisas idas
Demente de lembranças
Saudosa de outras vidas
Nas perdidas esperanças
E que por fim me perdesse
E que enfim me esquecesse
Na coisa nunca antes dita
Que não florescesse
Naquele fatídico dia
Que não nascesse
E que morresse
Neste oportuno dia
Que me esquecesse
E eu nem merecesse
Essa vil poesia