Silêncio

Que dizer ao poeta

Quando das mãos lhe escapa o ultimo verso

E da mente entorpecida se esvai a palavra, a rima insemântica que se lhe derrama a alma.

Que dizer ao poeta

Se das pétalas ruíram as flores

E de sua vida errante , boemias insensatas e errantes amores.

Perderam-se nas areias do tempo sem lembrança, sem saudades,

Que dizer ao poeta das noites

Se do luar tomou-lhe forma às sombras

E da voz de antigos saraus enamorados

O negro silencio com suas horrendas dores.

Que dizer ao poeta dos amores

Que um dia deveras teve e que hoje , jaz caído ao vento

Não mais versos, não mais amores.

Que dizer ao poeta.

JAlmeida
Enviado por JAlmeida em 10/03/2011
Código do texto: T2838625
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