ESTAÇÃO SEM DESTINO

Não sou a protagonista da minha História,

Sou o “eu lírico” dos meus textos.

As pessoas passam por mim, não as vejo,

Não sei se me vêm.

Não vejo o que está à minha frente,

À minha direita ou à esquerda

Meu olhar fica parado, inebriado, verde...

Não lembro o que fiz há alguns instantes

Nem o que farei nos próximos...

A minha boca está amarga,

meus lábios secos...

Desço na estação sem destino...

Não sei para onde estou indo.

Entro em casa e me esqueço.

Rosa Sousa
Enviado por Rosa Sousa em 05/03/2011
Reeditado em 16/09/2016
Código do texto: T2829885
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