ESTAÇÃO SEM DESTINO
Não sou a protagonista da minha História,
Sou o “eu lírico” dos meus textos.
As pessoas passam por mim, não as vejo,
Não sei se me vêm.
Não vejo o que está à minha frente,
À minha direita ou à esquerda
Meu olhar fica parado, inebriado, verde...
Não lembro o que fiz há alguns instantes
Nem o que farei nos próximos...
A minha boca está amarga,
meus lábios secos...
Desço na estação sem destino...
Não sei para onde estou indo.
Entro em casa e me esqueço.