Sonhos Desfeitos

Imperiosa vontade por segundos desligou-se de tudo,
Da agonia, do amanhã incerto, das paredes de concreto.
Relógios, cronômetros metálicos termômetros, tudo.
Robótica a voz da sussurra pede  silêncio e  calma.


Indiferente descarte lento, contagem do tempo estático,
Angústia ausências abraços indiferentes,descompassos.
Aromas ocres despedidas divergências sutis, impostas.
Desprumados  incômodos ruídos alucinam a  esperança.


Sabores amargos  resquícios dos afetos dissimulados
Lágrimas cristalizadas na alma descarrilada,escura.
Confetes úmidos, mofados restos de outros carnavais.


Máscaras mascaram verdades desprovidas de piedade
Ar rarefeito, tubos desconectados, oxigênio racionalizado.
Fria realidade  sonhos  desfeitos  blindam a doce brisa.
                                                                       (Ana Stoppa)






Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 04/03/2011
Reeditado em 15/03/2011
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