Alma do nobre poeta…

Onde estas tu? Pobre poeta esquecido!

Nas tristes paginas escritas por ti

Foi tudo apagado, ninguém te leu...

Triste e inconformado, como tu, desabafam

Escreves naquelas noites sombrias e frias

Só eu sei como te sentes incompreendido.

Onde! E como estará a tua alma?

Certamente, ela sente dor e a solidão

pelo amor que nutre pelo seu mundo

Mas nunca, nunca aqui, se sente amada!

Escreves as saudades contidas no papel

com os detalhes mais íntimos, secretos

Dessa tua dor, do desengano e descrença

No que gratuitamente vida te oferece.

Choras, as lágrimas da terna poesia

deixando os teus sonhos, correr apressados

Como cascatas supremas e divinas de inspiração

das lindas ninfas, dos anjos e do amor

Quem! São aqueles que nunca te dão valor?

Que inspiram a tua alma deveras sofrida

Alma divina, alma sofrida e incompreendida,

Nos amores perdidos e na paixão submersa

E cede gentilmente o teu coração ao amor

Apaixonado, cravado nas paginas brancas

De que um dia será belos livros da vida.

Nos majestosos sonetos e nas trovas

Deixas tu o nobre poeta a tua rima.

Mas o poeta, o poeta é um grande fingidor

e só quem sabe é poeta sabe quanto ele ama

quanto ele sofre e tem sua alma, partida e ferida....

Betimartins

Betimartins
Enviado por Betimartins em 02/03/2011
Código do texto: T2824145
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