OLHAR TURVO

Esmurro a parede,

como louco em crise de sanidade.

O meu olhar está turvo,

Não estou à vontade.

Ando sem fazer-me companhia.

O primeiro dia parece infinito.

Ando na noite sem lua ou estrelas.

O olhar petrificado, inexpressivo...

Escrevo a carta do suicida e não rasgo.

Agonizo no canto da parede,

No chão da sala...

Procuro um sopro de vida,

Encontro o nada indiferente e apático.

Rosa Sousa
Enviado por Rosa Sousa em 23/02/2011
Reeditado em 16/09/2016
Código do texto: T2809842
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