OLHAR TURVO
Esmurro a parede,
como louco em crise de sanidade.
O meu olhar está turvo,
Não estou à vontade.
Ando sem fazer-me companhia.
O primeiro dia parece infinito.
Ando na noite sem lua ou estrelas.
O olhar petrificado, inexpressivo...
Escrevo a carta do suicida e não rasgo.
Agonizo no canto da parede,
No chão da sala...
Procuro um sopro de vida,
Encontro o nada indiferente e apático.