AQUELE CORPO SEM OLHAR

Repousa sobre a laje

Exposto em só carne

Insepulto féretro gélido, bruto

Olha-o em escombros, invulgar

O mundo singular que sem ele resta

E lhe observa o corpo sem olhar...

D’uma fresta milenar aberta na terra

Aguarda-lhe a sorte que a morte encerra...

A vida por cima berra. Por baixo, lhe faz calar