DECISÃO DE FIM DE NOITE

Alugo-me assaz para tal amor.

Quero mandá-lo embora, expulsá-lo de vez.

Parece-me suplicio ou punição “infecto–cardíaca”,

Parece-me mesmo...

Não quero ter que nutrir um sentimento mal resolvido

Não para sacrificar-me e depois chorar um “Mar Morto”

E logo mais morrer afogada nas próprias lágrimas.

Não darei nada que possa manter vivos os elos dessa corrente,

Não trarei do pomar frutos que possam alimentá-los;

Não atiçarei as brasas desse fogo iníquo

Nem muito menos lhe faço ávido o gosto do favo de mel;

Não darei leite, nem pão. Nem vinho, muito menos darei o meu sangue.

Quero que seja suficiente no meu peito e se estraçalhe, morra bom e jovem!

Não quero manter vivo esse sentimento,

Não quero dar-lhe o que comer nem o que beber,

Matá-lo-ei de fome

Ou morro eu: De vontade de comer!

Maio/2010

Lorena Gentileza
Enviado por Lorena Gentileza em 20/02/2011
Código do texto: T2803986
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