DECISÃO DE FIM DE NOITE
Alugo-me assaz para tal amor.
Quero mandá-lo embora, expulsá-lo de vez.
Parece-me suplicio ou punição “infecto–cardíaca”,
Parece-me mesmo...
Não quero ter que nutrir um sentimento mal resolvido
Não para sacrificar-me e depois chorar um “Mar Morto”
E logo mais morrer afogada nas próprias lágrimas.
Não darei nada que possa manter vivos os elos dessa corrente,
Não trarei do pomar frutos que possam alimentá-los;
Não atiçarei as brasas desse fogo iníquo
Nem muito menos lhe faço ávido o gosto do favo de mel;
Não darei leite, nem pão. Nem vinho, muito menos darei o meu sangue.
Quero que seja suficiente no meu peito e se estraçalhe, morra bom e jovem!
Não quero manter vivo esse sentimento,
Não quero dar-lhe o que comer nem o que beber,
Matá-lo-ei de fome
Ou morro eu: De vontade de comer!
Maio/2010