Nó na garganta
Ah, esse nó na garganta
Ah, essa dor que parece não cessar
Como se não houvesse o sim e o não
Como se arrancassem o coração
como se as feridas voltassem a sangrar
Como se tudo girasse no sentido contrário
Como se para os pés faltasse o chão
Como se a tristeza tomasse conta do peito
e o jardim que lá fora plantado
flor a flor alguém tivesse roubado
Não só as flores, mas a calma
Como se a alma, volitasse inerte
e sem rumo pelo céu
Como se faltasse o ar para o pulmão
Como se faltasse o fim de tarde
para que a noite pudesse nos brindar com suas estrelas
Como se quem caminhasse fosse apenas um falso sorriso
Como se a vida tentasse enganar o tempo
fazendo voltar os dias, as horas
que ela desatenta, deixou escapar