SECA
O RIO SECOU
DEIXANDO A PEDRA DESNUDA
AUSENTARAM-SE CORES E MACIÊS
TORNANDO-A FRIA E ASPERA.
NO COMPASSO DA VIDA
O TEMPO TUDO MUDA!
BELA FLÕR QUE ALI HABITAVA
SUAS RAIZES AO MUSGO SE AGARRAVA
EXPANDINDO PERFUME E BELEZA
HOJE EM SEU LUGAR HABITA A TRISTEZA
MEUS OLHOS SE FIXAM NA PEDRA
BUSCANDO FAZER REVIVER A BELEZA
DE UMA FLOR BAILANDO AO VENTO
MATIZES LILAZ NUM DOCE ALENTO
MOLHAM-ME AS FACES O PRANTO
SAUDADES DAQUELE CENARIO
ONDE SOBRE O VERDE
O LILAS SE DEITAVA LANGUIDO
CONTRASTANDO COM O AMARELO
QUE EM CANTOS MAVIOSOS
SE DERRAMAVA UM CANARIO
HOJE SÓ A DESOLAÇÃO
SEM DIMENSSÃO SE FAZ PRESENTE
JÁ NÃO EXISTE MAGIA
MUSA PRA MINHA POESIA
NEM ENCANTAMENTO
NESTE QUADRO EMOLDURADO COM SOFRIMENTO