SECA

O RIO SECOU

DEIXANDO A PEDRA DESNUDA

AUSENTARAM-SE CORES E MACIÊS

TORNANDO-A FRIA E ASPERA.

NO COMPASSO DA VIDA

O TEMPO TUDO MUDA!

BELA FLÕR QUE ALI HABITAVA

SUAS RAIZES AO MUSGO SE AGARRAVA

EXPANDINDO PERFUME E BELEZA

HOJE EM SEU LUGAR HABITA A TRISTEZA

MEUS OLHOS SE FIXAM NA PEDRA

BUSCANDO FAZER REVIVER A BELEZA

DE UMA FLOR BAILANDO AO VENTO

MATIZES LILAZ NUM DOCE ALENTO

MOLHAM-ME AS FACES O PRANTO

SAUDADES DAQUELE CENARIO

ONDE SOBRE O VERDE

O LILAS SE DEITAVA LANGUIDO

CONTRASTANDO COM O AMARELO

QUE EM CANTOS MAVIOSOS

SE DERRAMAVA UM CANARIO

HOJE SÓ A DESOLAÇÃO

SEM DIMENSSÃO SE FAZ PRESENTE

JÁ NÃO EXISTE MAGIA

MUSA PRA MINHA POESIA

NEM ENCANTAMENTO

NESTE QUADRO EMOLDURADO COM SOFRIMENTO

Stéla Lúcia
Enviado por Stéla Lúcia em 14/02/2011
Código do texto: T2790874
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