PÃO, AGUA E BEIJO

Vivo intensamente cada ósculo
como se fosse o último desejo.
Não tenho medo, sou resignada
a ficar com as bordas do amor.
Daquelas que sobram do bolo
queimado, posto de lado,
logo depois embolorado.

Não temo a prisão perpétua,
estás comigo, só eu te vejo.
Caminhas do meu lado,
chamando me de maluca.
Estou condenada a clausura,
vivendo a pão, água e beijo.
E nem assim me arrependo.


 
Railda
Enviado por Railda em 12/02/2011
Reeditado em 14/10/2013
Código do texto: T2787195
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