TUDO O QUE SEI

Minha alma divaga,
Noturna, estranha,
Na fragilidade do ser,
E eu não sei o que fazer,
Da poesia que traga,
As minhas entranhas,
Da dor que perfura,
O meu peito - rasga,
O rubro coração,
Não sei o que fazer,
Com o sol que vai nascer,
Entre as montanhas,
Beijar a manhã serenada,
Não sei o que fazer,
Com essa loucura,
Que me acompanha,
Amanha meus sentimentos,
Deixa-me desnudada,
Por dentro, por fora,
Numa angústia multiforme,
Não sei o que fazer,
Com esse gigantesco vão,
Com esse agora,
Esse porquê,
Martelando o pensamento,
?
Não sei o que fazer,
Da vida,
De mim recolhida ,
Nesse chão,
. . .
Sei que sinto uma enorme,
Falta de você.