AMOR SEM FIM

Não

Não há como em teu arrebol intelectuais comentários

E assim sendo em tua seara não passo de imbecil plebeu

Não tenho em tua fortaleza um cômodo como guarita

E nem minha ferida agora aberta tem um simples ungüento

Não

Não há em teu ciclo de virtuosos e magistrais elementos

Um átomo de espaço para minha inútil imbecilidade

Que talvez por ser assim imbecil não use de disfarces

Mas há quem (diz) farsa como arma á desarmar

E no desamor disfarce o que não se contamina

Não

Não há em mim um único resquício de dúvidas

E em meu ‘Eu’ nada que seja forjado ou ignorado

Talvez só um real querer que se tornou em sonho

Por conta de tão diferentes viveres e pensares

E eu pensei ser plenamente possível tal união

Não

Não há em teu ciclo espaço para meu real sentimento

Apenas respingos de um querer que nunca me quis

E talvez seja mesmo o meio que domine teu “EU”

Sabendo agora que nunca seria mesmo algo “MEU”

Algo plenamente e entrelaçadamente “MEU”

E sim o prelúdio do encontro de um dia

Não

Não há em mim disfarce ou hipocrisia

Apenas um amor que se alimenta ainda de ti

Sem planos ou projetos de por si se acabar

São apenas sentimentos que naturalmente nutro

Em meu ser que só aprendeu a lhe amar...

Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 09/02/2011
Reeditado em 11/02/2011
Código do texto: T2782233
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