Castelo de vidro

Eis que tenho um castelo

No meio do campo, no meio do nada...

Com odor de terra molhada e feito de vidro

Um vidro vazio, frio e diáfano

Sem essência, escuro e disforme

Que não faz questão de estar ali

Que se parece comigo

Que completa o meu declínio e solidão

Que não sente e não tem coração

Eu que vivo nesse castelo sozinho

A lamúriar com as paredes

Apenas a esperar ser digno de amar...

Douglas Vieira
Enviado por Douglas Vieira em 09/02/2011
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