Tórrido desejo.
Pela janela, essa chuva cálida
penetra em minha pele pálida,
queimando meu corpo, hoje solitário,
o qual um dia, por amor, proclamei de santuário.
No infindante silêncio eu pereço,
junto à solidão que mereço.
Sinto muito, mas eu desisti;
se meu destino era perder-te, preferi partir.
A felicidade está nos olhos de quem procura,
mas o semblante desta noite escura,
infelizmente não me deixa enxergar.
Ainda sinto toda dor que me martiriza
e esta ferida que não cicatriza,
hoje me impede de tentar te amar.