O LUTO DA VIDA

Sob incabíveis procedências

Olho para o infinito,

Não há mais tendências,

D’alma sai um grito aflito.

E nesta imponderável dor

Entre calamidades e horrores,

Desditoso infortúnio de sonhos,

E um lúgubre de responsos...

Nesta fúnebre infinita de dor

Meu peito explode, sepulcral.

E neste lôbrego de horror

Fico dentro de um abismo imoral.

Entre as coisas inefáveis da vida

Têm-se também as tristes e sofridas,

As contundentes nostalgias,

Os cantos lutuosos de melancolia.

Com este vestuário tão escuro

E flores brancas nas mãos,

Meu corpo sente os efeitos

Da dor e da solidão.

Felekeche
Enviado por Felekeche em 08/02/2011
Código do texto: T2780296
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