Esperando
Entre mares abertos
Correm nas aguas barcos navegantes
E Nessa valsa triste, vou compartilhando tempestades
Minha saudade incontida em gestos
Aqueço as mãos que navego
No afago que passeiam nos cachos dos seus cabelos
Me possuo de ti
E em minha posse o desespero
De não ser seu
E não totalmente entregue
E no desfecho sem chance
Me torno delírio, filho do ácido
Esperando sua chegada
Respiro tua beleza
A Beira do porto
Esperando ao longe
Quem nunca chega
Olhando o horizonte
Como se nunca tivesse partido
Me guardo em frascos
Preservando o resto do caminho
Perseguindo a ideia
Como se nunca tivesse imaginado
Sacrificando amor em suplício
Inflamando o Vesúvio
Voando ao precipício
Afogando o inferno no paraíso