Esperando

Entre mares abertos

Correm nas aguas barcos navegantes

E Nessa valsa triste, vou compartilhando tempestades

Minha saudade incontida em gestos

Aqueço as mãos que navego

No afago que passeiam nos cachos dos seus cabelos

Me possuo de ti

E em minha posse o desespero

De não ser seu

E não totalmente entregue

E no desfecho sem chance

Me torno delírio, filho do ácido

Esperando sua chegada

Respiro tua beleza

A Beira do porto

Esperando ao longe

Quem nunca chega

Olhando o horizonte

Como se nunca tivesse partido

Me guardo em frascos

Preservando o resto do caminho

Perseguindo a ideia

Como se nunca tivesse imaginado

Sacrificando amor em suplício

Inflamando o Vesúvio

Voando ao precipício

Afogando o inferno no paraíso

Eder Marçal
Enviado por Eder Marçal em 07/02/2011
Reeditado em 18/06/2016
Código do texto: T2776553
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