Suplica

Sinto o frio tomando forma em minha cela

Transformando-se assim como miragem

E me olha com olhos esbugalhados

Congelando o corpo meu já tão surrado

Num abraço se deleita a gargalhadas...

E o breu que toma conta deste espaço

Onde reside minha alma putrefata

É companheiro das noites intermináveis

Onde suplico para Morte que me leve

Sinto que ela acaricia minha face

Rastejo feito verme atrás das grades

Respirando minha própria podridão

Sinto o peso desta minha consciência

Que me rasga feito lança, em demência

Por ter findado uma vida sem razão.

Patty Ramos 04/02/11

Patty Ramos
Enviado por Patty Ramos em 05/02/2011
Código do texto: T2773036
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.