Suplica
Sinto o frio tomando forma em minha cela
Transformando-se assim como miragem
E me olha com olhos esbugalhados
Congelando o corpo meu já tão surrado
Num abraço se deleita a gargalhadas...
E o breu que toma conta deste espaço
Onde reside minha alma putrefata
É companheiro das noites intermináveis
Onde suplico para Morte que me leve
Sinto que ela acaricia minha face
Rastejo feito verme atrás das grades
Respirando minha própria podridão
Sinto o peso desta minha consciência
Que me rasga feito lança, em demência
Por ter findado uma vida sem razão.
Patty Ramos 04/02/11