ENCANTO DAS LETRAS

Ainda

Que me reste

Apenas um dia,

Hei de eleger

Cada hora,

Cada segundo,

Por um momento

d’infinito profundo

Para morrer

Nos prados

Da tua alegria...,

E poder olhar

No teu âmago,

Fundo!

E poder me encantar

Com a fantasia;

Para sentir-me

Na órbita do mundo;

Para morrer

Feito um bardo

Na poesia...!

Pois, não é a alegria

A alma de tudo?

Se não for,

Eu finjo ser e,

Então,

Iludo-me...

Mas, não hei de ser triste,

Mesmo no fim...!

É com alegria que t’escrevo;

Calmo,

Mudo,

Deixando o encanto das letras,

Meu escudo,

Ser o manto que te aquece

Dentro de mim...

Aarão Filho.

São Luís-Ma, 04/02/2011

Aarão Filho
Enviado por Aarão Filho em 04/02/2011
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