Um dia foi...

Lágrimas...

rolam pela face

coração vazou

agoniza.

Leito seco

pedras calcinadas

espinhos trançados

dolorosa via.

Sina maldita

alma morta,

sacrificada

no altar da decepção

òdio, medo

brotam em profusão.

Ossos brancos

no chão molhado

terra lavada com sangue

corpos espalhados

só restou a maldição.

Vento quente

sol moribundo

cigano errante

noite silente

tétricos sonhos

em gritos mudos.

Vulcão extinto

sepulcro vazio

nenhuma vida

no olhar tão frio

da lagrima

que rola pela face

do coração que agoniza

em suspiros

de dor e saudade

que um dia foi

amor e verdade.