Crueldade

Rio de Janeiro tu és tão lindo...

Meu grito faceiro.

Das praias o esplendor,

morada da saudade e do Cristo Redentor.

Vento que sopra e sacode

levando as flores do campo.

Relâmpago que explode

destelhando meu recanto.

Sinais de manifesto,

surpresas inesperadas...

deixando somente o resto

de dezenas de moradas.

São famílias acidentadas,

muitas nem se identificam.

O que poderia ser evitado,

a mortandade se multiplica.

Alguns gozam a mordomia,

outros caem na pobreza.

Dizem que ninguém sabia

do desastre e sua grandeza.

Na Terra o homem grita,

bate-se pelo poder.

Mas é o juiz do céu que apita,

todos precisam saber.

Helmuth da Rocha
Enviado por Helmuth da Rocha em 02/02/2011
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