MANIFESTO
Sem você por perto,
Sinto-me assim, pra lá de borocoxó,
Desordenada das idéias,
Triste, descabelada, descompassada...
Queria algo revolucionário,
Mas nem a possibilidade do novo me anima.
Dor e paixão ávidos pelos espaços vazios,
Digladiam entre si.
A dor sucumbiu o orgulho e a
Alegria parece que nunca existiu,
O meu corpo é só caos.
Ai que saudades de mim...
Já não existo,
Afoguei-me na violência da minha paixão por ti.
A minha razão reprimida
Define meu estado.
Sou mais um escravo da emoção
A procura desta musa que
Tortura-me sem saber,
Que me tem sem querer ter.
Ai de mim açoitado pela dor
Carregando alucinado esta cruz chamado amor.
Na insignificância de minhas lágrimas, encerro-me.
Na falta da coragem grito por dentro,
Manifesto este desabafo por esses mal traçados versos.