O público não sabe...

Nunca sabe...

Nem imagina...

As dores...

Disfarçadas em riso

Um eventual soluço

Abafado, pelo aplauso

Holofotes apagados

Hora da verdade...

Cruel, solitária, triste,

E que não pode ser

Representada...

Sem a máscara do

Personagem que jaz

Ali entre as plumas,

Os paetês, jogados,

Como se nada...

Maquiagem tirada

E o espelho não mente!

Nunca mentem...

São cruéis, frios como

Um inimigo espreitando

Acusando a realidade

Que a mulher vê...

Mas, a atriz, só olha

O personagem que já

Faz parte da sua alma

E, quando o espelho

Insiste em refletir a verdade

Ela, num último ato... Quebra

O espelho... Apaga a luz e,

Sai do teatro.

 

 

 

 

 

verdades e mentiras
Enviado por verdades e mentiras em 31/01/2011
Reeditado em 12/04/2012
Código do texto: T2763960
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