Sutilmente
Era o silêncio que sempre
Açoitava minhas noites
Eram brisas amanhecidas
Como quem acorda para a vida
E nem se dá conta
Que já se vai mais uma noite
A fio.
Eram canções tristes
Ás beiras das igrejas
Às margens dos desertos
Dos dias sem fim
Arenosas vidas
À deriva.
Eram os vôos sem asas
Eram casas tristes
Em tristes passos
Que regavam o jardim
Enquanto pensava lágrimas
A cada folha sentida.
Era o sorriso de lado
O encanto meio forçado
Fatos de dias sombrios
E embora frios
Eram olhos sorridentes
Que tornavam a existir
Novamente e sempre.
...
Onde sempre,
Nada existiu
Onde a vida descoloriu
Os sonhos
De antigamente.
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