Canoa Quebrada

Canoa quebrada

Vi uma canoa que subia uma pétala de rosa

Era o amanhecer de uma flor que seria

Numa fração do segundo segundo seguinte

Por enquanto que todos corriam trabalhados

Aquele sendo mais que outros importantes

Fazia tudo ficar ondulado para uma viagem

Que remando um pescador empreendia

Mais inconstante parecia revelar segredos

O que procurava encontrar no sentido amplo

Batia na proa refrescante em espumas sabiás

Cantantes e verdes em todos os lados contrários

Diamantes decantados no silêncio do travesseiro

Guardado no fundo raso da barca do Morfeu

Havia mais alimento para os momentos de frio

Luminosos montantes de gelras dos últimos

Peixes com que se faz um detalhe no afresco

Imaginei um dia de chuva com pingos

Jaule mais do que balões de espuma amarga

Restando apenas o que fica depois que se vai embora

Sacudidos por tantos fios de pensamentos

Travessados na garganta onde o rio corria

Uma vez que o barco necessitava da sua água

Valorizada pelas circunstâncias afônicas

Zimbradas no escuro vão vazio do nada

Curimã

Iniciada em 31.8.2006 e concluída em 1.9.2006

SP

Curimã
Enviado por Curimã em 27/10/2006
Código do texto: T275219