LÁGRIMAS

Da criança, cristalina, pura,

Da inocência que afaga,

Que escorre,

No rosto macio,

Qual cascata mimosa,

Despencando,

No vazio espaço.

Do adulto,

Que chora,

Quando perde suas emoções,

E são fortes, copiosas,

Maltratam caráter,

Inflamam o ódio,

E também o amor.

Do velhinho,

Que percorrem sulcos,

Na pele maltratada,

E denotam,

No ardor que fere,

A saudade, o tempo que se foi,

A vida que se esvai,

Pois são lágrimas,

De recordação,

Do ontem, sem hoje,

Nem amanhã

Jairo Valio – 27-10-2006.