Incerto
Quem sabe, algum dia,
eu consiga dar outra vêz,
aquele sorriso largo
que engole mundos,
aquele abraço firme
com jeito de algo profundo.
Quem sabe, algum dia,
volte à sonhar acordado
e adormeça em mim,
feliz e já sarado,
daquelas coisas tão ruins.
E quem sabe, seja um riso
que me já foi dado;
abraço sem nenhum juízo,
antes que me fosse tirado.