Árvore - Delasnieve Daspet
Árvore
Delasnieve Daspet
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Frondosa árvore,
Na praça hospitaleira,
Em cuja copa floresciam densos ramos,
Cai ao solo, as raízes rompidas,
Escorrendo-lhes gotas de negro sangue
E mancham a terra com a morte...
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No ar o silêncio do sepulcro,
As ervas secas,
As espigas enfermas,
Recusam o grão que alimenta.
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E a nuvem sombria
Desce sobre a terra,
Trazendo a noite e a chuva em lamentos...
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O suor gelado toma conta
Ergo aos céus a minha voz,
Minhas mãos suplicam,
De todos os lados o céu,
De todos os lados o mar,
Nas nuvens que ocultam o dia.
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A árvore morreu,
O homem a matou.
DD-Campo Grande-MS, 20.10.10