A FELICIDADE
A FELICIDADE bateu à porta
Disse: “BOA NOITE!”
Pediu licença, mas...
Não quis entrar.
Falou um pouco
Das coisas doces
Deixou seu cheiro
Solto no ar.
Lembrou quimeras
Mas como era
De se esperar
Foi se esvaindo
Disse baixinho:
_ Quem sabe um dia
Tu tenhas PAZ
E eu possa entrar?!
E assim, amigo
Mais uma vez
Ela se foi.
Selou-me a testa
Com um leve beijo
Marcou meu corpo
Com o desejo.
E eu...
Quase sem forças:
_ Fique comigo
Sou todo seu!!!
Ela sumiu no vão do SONHO
Mais uma vez, eu, pobre clichê:
Durmo com a TRISTEZA
E acordo com a SOLIDÃO...
(Irene Cristina dos Santos Costa – Nina Costa, 1998)