Clichê dos meus versos
Cheguei hoje ao auge do clichê
repetitivo... poeta desleixado,
pela inspiração abandonado
Escrevo ainda, não sei porquê.
Meus versos se resumem a um querer
Querer amar, de um jeito descuidado
E por não mais estar apaixonado,
Eu não tenho nada para escrever
É engraçado meu amigo
Ela se foi e me arrancou do peito
Meu coração que já batia sem jeito
e que hoje não mais carrego comigo
Ele ainda bate num ritmo desfeito
Em algum lugar, treme como um mendigo
que não se lamenta da falta de um abrigo
e resignado, faz do chão úmido, um leito