Poema Catastrófico nº5 - Sem Saída (para o desastre no Rio de Janeiro)

não tenho culpa

se sou um

morro

e minha

água

lava

e leva

e mata

a leva

dos que levaram

a minha

mata

um dia fui só

mata-atlântica

e alegria de araras

hoje sou só

chuva-cáustica

e maresias amaras

há muito tempo

aqui estou

sem saída

e para lado algum

eu corro...

os humanos

sem saída

correm

e morrem

vindo até mim

e eu

deslizando ao fim

morro...

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Alessandro Reiffer
Enviado por Alessandro Reiffer em 15/01/2011
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