Poema Catastrófico nº5 - Sem Saída (para o desastre no Rio de Janeiro)
não tenho culpa
se sou um
morro
e minha
água
lava
e leva
e mata
a leva
dos que levaram
a minha
mata
um dia fui só
mata-atlântica
e alegria de araras
hoje sou só
chuva-cáustica
e maresias amaras
há muito tempo
aqui estou
sem saída
e para lado algum
eu corro...
os humanos
sem saída
correm
e morrem
vindo até mim
e eu
deslizando ao fim
morro...
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