NA CIMEIRA DESCAMPADA

Na cimeira descampada,

descem lágrimas de sangue,

leva as almas, a enxurrada,

vê-se um futuro langue.

Vejo o imenso horror

que nos prega a natureza

neste cruel despudor

em face de tanta frieza.

Arrasta jovem, velho e criança,

na sua fúria impiedosa,

os culpados em segurança

vivem em glória majestosa.

Então, uma breve estiagem,

só para contar os seus mortos,

choro diante desta imagem

que percorre por caminhos tortos.

Lancei meu olhar no espaço

em busca da compreensão:

Meu D´us, o que é que eu faço?

Se pequei, peço perdão!

Mas meus olhos vêem o mal:

Os pobres e as perdidas vidas,

o que fizeram afinal

para as dores merecidas?

Hoje são eles, amanhã pode ser eu,

rezo por tua compaixão,

o dia em que o mundo morreu,

apelo para o teu coração.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 14/01/2011
Código do texto: T2727796
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